terça-feira, 24 de setembro de 2013

Roteiro para produção de projeto de pesquisa

Pessoas, só lembrando o que foi discutido em sala de aula...

Estrutura essencial de texto científico


Todo texto científico deve responder a quatro questões básicas - O quê? Por quê? Para quê? Como? - assim, o nosso projetinho de pequisa também deverá levar em conta essas questões.

(1) O quê? = Descrição do objeto

  • 1.1 Contexto geral
  • 1.2 Contexto específico
  • 1.3 Objeto focalizado


(2) Por quê? = Justificativa do projeto

  • 2.1 Justificativa social
  • 2.2 Justificativa científica (para o seu aprendizado em Português)

(3) Para quê? = Objetivos do projeto

  • 3.1 Objetivo geral
  • 3.2 Objetivos específicos (mais de um)


(4) Como?

  • 4.1 Metodologia = procedimentos metodológicos
  • 4.2 Teoria = revisão bibliográfica de textos de autoras/es que já pesquisaram o tema que será pesquisado no projeto



Obs.: Bimestre que vem, vamos trabalhar as questões de pesquisa e a entrega do texto final será para meados de outubro.

Temas para TCC - na modalidade Pesquisa

Oi padawans,

eu elaborei algumas sugestões de tema para os TCC de vocês, que sejam da modalidade Pesquisa.


Vamos a eles:


(1) Análise de uma obra de literatura POP (Senhor dos Anéis, Pierce Jackson, Harry Potter, Game of Thrones, etc.), a partir da teoria de mitos de Joseph Campbell.

(2) Análise de um filme,  a partir da teoria de mitos de Joseph Campbell.

(3) Versão de música em língua estrangeira para o Português Brasileiro e análise de sua estrutura e temática.

(4) Análise de quadros de M. C. Escher e reflexão sobre a física ótica que serviu de base para o seu trabalho.

(5) Análise de matéria de jornal sobre as manifestações de junho e reflexão sobre as relações de poder na sociedade e a manipulação promovida pela mídia.

(6) Análise de música de GOG, Karol Conka, Sabotagem ou Racionais MC e reflexão sobre a questão negra no Brasil.

(7) Análise e comparação de filme de animação da Disney com Anime ("A Viagem de Chihiro", "Evangelion", etc.) e reflexão sobre a questão feminina e sua representação.

(8) Análise e comparação de desenhos animados "para meninos" e "para meninas" e reflexão sobre as diferentes formas de criação que homens e mulheres recebem na sociedade ocidental.

(9) Análise de jogos de videogame em primeira pessoa e reflexão sobre a criação da violência ou sobre o expurgo da violência por meio deles.

(10) Análise e comparação de episódio de série estadunidense ou de episódio de novela brasileira e reflexão sobre a construção de esteriótipos (nerd que não pega ninguém, mocinha sofredora, etc).

(11) Análise de uma ópera rock (2112, do Rush, The Wall do Pink Floyd) e reflexão sobre como os artistas conseguiram construir textos multimodais (projeto gráfico do disco, cenário do show, letra da música, melodia da música, efeitos sonoros, etc).

(12) Análise de propagandas e reflexão sobre a pressão da sociedade para o consumismo exacerbado.


e ....

O céu é o limite!


Quem tiver mais ideias, poste aqui, que vamos conversando.


Um abraço e que a força esteja com vocês!

:0D

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Intertextualidades

Queridas/os Padawans,
uma aluna minha que hoje está cursando comunicação, criou um blog muito bacana e eu SUPER recomendo. :0D

Coerência Particular, clique para acessar.

Vejam só!

Um abraço,
Pilar

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

História social do Rock

Queridos/as Padawans,
temos, na Universidade de Brasília, um trabalho belíssimo sendo desenvolvido pelo Prof. Me. Alexei Alves de Queiroz em Música Popular.

Neste semestre, alunos/as e professores/as do curso de Graduação em Música, da referida instituição, estão construindo uma Orquestra do Rock.

Vejam o blog aqui.

Nele, há várias informações e muitos áudios bacanas.

Como leitura complementar, para quem se interessa pelo assunto, recomendo o livro Rock and Roll - uma história social.





Acessem!


sábado, 7 de setembro de 2013

Use filtro solar... é a única coisa certa a se fazer.

de resto, a vida é quem sabe.





Queridas/os Padawans,

a angustia de não saber o que se quer, ou se o que se quer é o que deveria querer-se, é algo que nos acompanha por toda a vida.

Há um vídeo lindo que assisti quando estava passando pela transição entre a escola e a universidade, e que me alentou muito em muitos momentos.

Inicialmente, o texto de um discurso feito à uma turma de formandos/as do Ensino Médio foi publicado, em 1997, na coluna de Mary Schmich do Chicago Tribune, e, posteriormente, após ter percorrido o mundo por meio de cadeias de e-mail, foi transformado em um lindo comercial pela empresa brasileira de publicidade DM9DDB, em 1999.

Assistam-no e me digam o que acharam!

Um abraço,
Professora Pilar

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

"Muito cedo para decidir" - Rubem Alves


Muito cedo para decidir

Rubem Alves, in "Estórias de quem gosta de ensinar — O fim dos Vestibulares", editora Ars Poetica — São Paulo, 1995, pág. 31.

http://www.flickr.com/photos/andrebeltrame/2281994943/

Gandhi se casou menino. Foi casado menino. O contrato, foram os grandes que assinaram. Os dois nem sabiam direito o que estava acontecendo, ainda não haviam completado 10 anos de idade, estavam interessados em brincar. Ninguém era culpado: todo mundo estava sendo levado de roldão pelas engrenagens dessa máquina chamada sociedade, que tudo ignora sobre a felicidade e vai moendo as pessoas nos seus dentes. Os dois passaram o resto da vida se arrastando, pesos enormes, cada um fazendo a infelicidade do outro.
Vocês dirão que felizmente esse costume nunca existiu entre nós: obrigar crianças que nada sabem a entrar por caminhos nos quais terão de andar pelo resto da vida é coisa muito cruel e... burra! Além disso já existe entre nós remédio para casamento que não dá certo.

Antigamente, quando se queria dizer que uma decisão não era grave e podia ser desfeita, dizia-se: "isso não é casamento!". Naquele tempo, sim, casamento era decisão irremediável, para sempre, até que a morte os separasse, eterna comunhão de bens e comunhão de males. Mas agora os casamentos fazem-se e desfazem-se até mesmo contra a vontade do Papa, e os dois ficam livres para começar tudo de novo...

Pois dentro de poucos dias vai acontecer com nossos adolescentes coisa igual ou pior do que aconteceu com o Gandhi e a mulher dele, e ninguém se horroriza, ninguém grita, os pais até ajudam, concordam, empurram, fazem pressão, o filho não quer tomar a decisão, refuga, está com medo. "Tomar uma decisão para o resto da minha vida, meu pai! Não posso agora!" e o pai e a mãe perdem o sono, pensando que há algo errado com o menino ou a menina, e invocam o auxílio de psicólogos para ajudar...

Está chegando para muitos o momento terrível do vestibular, quando vão ser obrigados por uma máquina, do mesmo jeito como o foram Gandhi e Casturbai (era esse o nome da menina), a escrever num espaço em branco o nome da profissão que vão ter.

Do mesmo jeito não: a situação é muito mais grave. Porque casar e descasar são coisas que se resolvem rápido. Às vezes, antes de se descasar de uma ou de um, a pessoa já está com uma outra ou um outro. Mas, com a profissão não tem jeito de fazer assim. Pra casar, basta amar.

Mas na profissão, além de amar tem de saber. E o saber leva tempo pra crescer.

A dor que os adolescentes enfrentam agora é que, na verdade, eles não têm condições de saber o que é que eles amam. Mas a máquina os obriga a tomar uma decisão para o resto da vida, mesmo sem saber.

Saber que a gente gosta disso e gosta daquilo é fácil. O difícil é saber qual, dentre todas, é aquela de que a gente gosta supremamente. Pois, por causa dela, todas as outras terão de ser abandonadas. A isso que se dá o nome de "vocação"; que vem do latim, vocare, que quer dizer "chamar". É um chamado, que vem de dentro da gente, o sentimento de que existe alguma coisa bela, bonita e verdadeira à qual a gente deseja entregar a vida.

Entregar-se a uma profissão é igual a entrar para uma ordem religiosa. Os religiosos, por amor a Deus, fazem votos de castidade, pobreza e obediência. Pois, no momento em que você escrever a palavra fatídica no espaço em branco, você estará fazendo também os seus votos de dedicação total à sua ordem. Cada profissão é uma ordem religiosa, com seus papas, bispos, catecismos, pecados e inquisições.

Se você disser que a decisão não é tão séria assim , que o que está em jogo é só o aprendizado de um ofício para se ganhar a vida e, possivelmente, ficar rico, eu posso até dizer: "Tudo bem! Só que fico com dó de você! Pois não existe coisa mais chata que trabalhar só para ganhar dinheiro."

É o mesmo que dizer que, no casamento, amar não importa. Que o que importa é se o marido — ou a mulher — é rico. Imagine-se agora, nessa situação: você é casado ou casada, não gosta do marido ou da mulher, mas é obrigado a, diariamente, fazer carinho, agradar e fazer amor. Pode existir coisa mais terrível que isso? Pois é a isso que está obrigada uma pessoa, casada com uma profissão sem gostar dela. A situação é mais terrível que no casamento, pois no casamento sempre existe o recurso de umas infidelidades marginais. Mas o profissional, pobrezinho, gozará do seu direito de infidelidade com que outra profissão?

Não fique muito feliz se o seu filho já tem idéias claras sobre o assunto. Isso não é sinal de superioridade. Significa, apenas, que na mesa dele há um prato só. Se ele só tem nabos cozidos para comer, é claro que a decisão já está feita: comerá nabos cozidos e engordará com eles. A dor e a indecisão vêm quando há muitos pratos sobre a mesa e só se pode escolher um.

Um conselho aos pais e aos adolescentes: não levem muito a sério esse ato de colocar a profissão naquele lugar terrível. Aceitem que é muito cedo para uma decisão tão grave. Considerem que é possível que vocês, daqui a um ou dois anos, mudem de idéia. Eu mudei de idéia várias vezes, o que me fez muito bem. Se for necessário, comecem de novo. Não há pressa. Que diferença faz receber o diploma um ano antes ou um ano depois?

Em tudo isso o que causa a maior ansiedade não é nada sério: é aquela sensação boba que domina pais e filhos de que a vida é uma corrida e que é preciso sair correndo na frente para ganhar. Dá uma aflição danada ver os outros começando a corrida, enquanto a gente fica para trás.

Mas a vida não é uma corrida em linha reta. Quando se começa a correr na direção errada, quanto mais rápido for o corredor, mais longe ele ficará do ponto de chegada. Lembrem-se daquele maravilhoso aforismo de T. S. Eliot: "Num país de fugitivos os que andam na direção contrária parecem estar fugindo."

Assim, Raquel, não se aflija. A vida é uma ciranda com muitos começos.
Coloque lá a profissão que você julgar a mais de acordo com o seu coração, sabendo que nada é definitivo. Nem o casamento. Nem a profissão. E nem a própria vida...


Releituras

Há um trabalho muito bom de mapeamento de autores/as e respectivos textos que já conta com quase vinte anos na internet: O projeto Releituras de Arnaldo Nogueira Jr.

Nele, vocês encontrarão informações sobre as biografias, excertos de textos, textos integrais de autores/as brasileiros/as, entre outros.

Acesse aqui: http://www.releituras.com/index.asp

No terceiro módulo de nosso curso de Português Brasileiro do 3º ano, veremos as obras de:
Graciliano Ramos
Guimarães Rosa
e
Clarice Lispector

Já no terceiro módulo do 2º ano, veremos as obras de:

Machado de Assis
e
Aluísio de Azevedo (de quem não há releitura, ficaria aí uma dica para o Arnaldo, né?)


Bom, acessem, estudem e comentem!

:0D




quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Leituras e temas para os trabalhos de THL do 3º Bimestre

Peça pelo número!



Escolham a opção de trabalho, lembrando que deve ser uma modalidade diferente (Blog do Além, Resumo, Análise ou Seminário) da dos dois primeiros bimestres.

Postem o nome dos membros do grupo, a turma e a opção escolhida.

:0D

Texto Dissertativo-Argumentativo



É incrível observar como nós acabamos usando estruturas textuais sem compreender seu funcionamento interno. 
Nesse sentido, acabamos não vendo a lógica que existe nessa estrutura e não realizamos textos adequados ao gênero pretendido. 

Isso é especialmente problemático quando se trata do bendito Gênero Dissertativo-Argumentativo, que constitui essencialmente a Dissertação Escolar.

Esse formato de texto é praticado em contextos de ensino formal de Ensino Médio e tem como objetivo central possibilitar às/aos alunas/os produzir textos que defendam pontos de vista sobre assuntos que são geralmente escolhidos pelas/os professoras/es (ou seja, que nem sempre é sobre o que os/as alunos/as querem escrever). 

Por isso, esse tipo de texto parece ser tão artificial e distante daquilo que os/as alunos/as praticam todos os dias, no seu cotidiano fora da escola, ou das provas, o que faz com que não entendamos a razão de ser desses textos e, por conseguinte, não saibamos produzir textos circunscritos a esse gênero.  

Para facilitar nossas vidas, elaborei um quadrinho minemônico, ou um esquema, para entender que parte vai onde e como cada parte se relaciona com as demais dentro de um texto Dissertativo-Argumentativo. 



Direitos reservados Professora Pilar Acosta